Hoje, por onde ando, busco um tema para escrever. Tudo está na minha mira. Com um alvo a desejar. Mas para atirar é necessário que haja um sentido, um motivo, um para quem.
A foto parece sugerir violência? Não se preocupe, a violência está presente em nossas vidas de forma irreversível. Somos violentados todos os dias e de formas diferentes. Por isso, é preciso estar sempre alerta.
Quando saio para caminhar, mira nas possibilidades de um assalto, de uma abordagem vulgar, no medo diário de não voltar. No prazer de caminhar.
Quando vou trabalhar, miro no cliente que pode ser agressivo, que vem de mau humor para ser atendido, que quer impor um direito acima do meu. No prazer de trabalhar.
No trânsito, miro no carro ao lado, na moto com garupa, no sinal vermelho, na ultrapassagem forçada, no freio. No prazer de trafegar.
Na rua, a poucos passos do trabalho, miro no flanelinha, no motoqueiro, no ciclista, no vigia da rua. Miro a porta e entro. No prazer de chegar.
Com os colegas de trabalho, miro na qualidade, na amizade, nos desafios, nos desvios de conduta, no longo e prazeroso dia de trabalho. No prazer de trabalhar.
No convívio com a família, miro na alegria, no prazer de estar junto, na união, nos filhos, nos netos, nos genros e nas noras. Miro na oração de proteção: "contra todos os males, amém". Acerto o alvo quando vejo amor na forma de um buraco do alvo atingido. No prazer de consolidar.
Assim, em nossas mãos temos uma arma para mirar. O alvo a acertar será aquele que desejarmos. Aponte-se, posicione-se, mire, atire e acerte a sua vida de forma a nunca errar.
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