sábado, 27 de julho de 2024

Libertação



Escrever liberta, e eu preciso me libertar. Nem tudo pode ser dito, mas com afinco faço minha alma falar. Falar o que sufoca no peito, o que por anos foi guardado. Por isso, quero me curar.

Minha alma está aflita pelo perdão, o perdão de si mesma. Chora lágrimas invisíveis, que só ela pode perceber. Dores sufocadas pelo desejo maior que não devo revelar aqui, mas que minha alma conhece bem.

Minha alma percebe a criança que errou, que fez o que podia, mas ainda assim não conseguiu ser livre e vibrante como os pássaros que voam em um céu azul de cores vibrantes, com o sol cujos raios atravessam o seu ser.

Agora, já madura, busca entender o porquê e se perdoar. É uma dor que não é física, mas intensa e verdadeira. Poucos conhecem essa dor, e já não há motivo para se revelar.

Assim, essa alma continua a se perguntar como poderia ter agido sendo apenas uma criança. Hoje, busca o auto-perdão e sabe: Não, eu não sabia!


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