quarta-feira, 31 de julho de 2024

Minha primogênita


Com seus olhos grandes e brilhantes, você me olhou,  

Cabelos pretos, rosto longo, mãos tão pequeninas que cabem muitas vezes na minha.  

Assim, me conquistou, minha primogênita.


Que alegria ser vovó! De Bonita te chamamos, pois era ímpar tal beleza,  

Da garganta um nó só, minha pepita.


Hoje, tão falante, me lembra você pequena, sempre tão questionadora.  

Agora vejo que nada mudou, apenas se aperfeiçoou na herança herdada de seu pai, meu filho amado.

Nossas conversas me encantam, mostram sua beleza, que vai além da física e transcende a tua alma.  


Olhos castanhos claros, cabelos cacheados, me lembram os meus,  

Cabelos que revelam sua personalidade forte e determinada, igual à vó. Obrigada, Deus!

Sua juventude tão questionadora, assim fui também, junto aos meus.


Espero que nunca esqueças nossas conversas, 

que nem sempre foram contínuas, mas que estão guardadas em meu coração.




Vai, minha neta, conhecer teu destino que você me mostrou,  

Destino bem planejado, que começa agora, quando vais viajar.  

Voe livremente, tenha o zelo contigo. Sonhe sempre que assim o desejar.


Acredite que tudo é possível e que só depende de você fazer acontecer.

sábado, 27 de julho de 2024

Libertação



Escrever liberta, e eu preciso me libertar. Nem tudo pode ser dito, mas com afinco faço minha alma falar. Falar o que sufoca no peito, o que por anos foi guardado. Por isso, quero me curar.

Minha alma está aflita pelo perdão, o perdão de si mesma. Chora lágrimas invisíveis, que só ela pode perceber. Dores sufocadas pelo desejo maior que não devo revelar aqui, mas que minha alma conhece bem.

Minha alma percebe a criança que errou, que fez o que podia, mas ainda assim não conseguiu ser livre e vibrante como os pássaros que voam em um céu azul de cores vibrantes, com o sol cujos raios atravessam o seu ser.

Agora, já madura, busca entender o porquê e se perdoar. É uma dor que não é física, mas intensa e verdadeira. Poucos conhecem essa dor, e já não há motivo para se revelar.

Assim, essa alma continua a se perguntar como poderia ter agido sendo apenas uma criança. Hoje, busca o auto-perdão e sabe: Não, eu não sabia!


Lua, vida minha!


Lua, vida minha! Como eu gostaria de te iluminar para que você ficasse ainda mais bonita do que com meus raios solares! Que meu céu azul claro se fundisse com teu céu azul escuro e criasse uma nova cor, assim como as cores primárias, que ao se unirem formam outras cores, dando mais beleza à natureza.

Com esperteza, tento te tocar, mas meus braços são curtos, como um pavio, então passo o dia te procurando. Que tristeza! Quando te encontro, você chega e eu já vou embora!

Então começa a noite com seu brilho azul escuro que me encanta, mas quando me aproximo, você vai embora. A dor fica no peito. O que posso fazer se você é como um amor platônico, cuja beleza está em nunca se realizar?

Olha, que destino! Eu te amo e não posso contigo ficar.

Outro dia, você chegou bem próximo de mim, mas o dia escureceu; foi só por alguns minutos, o tempo necessário para sentir teu amor; e... você se foi.

Assim são nossos momentos: sempre separados.

Vai, lua, ser a inspiração para os poetas, encantar os amantes com suas cantigas e consolar os apaixonados da madrugada. Vai pelas águas, deixando seu rastro de luz. Vai me deixando cada vez mais apaixonado. Você é minha razão de viver.



quinta-feira, 25 de julho de 2024

O galo


O dia amanheceu com o sol ainda tímido e um vento deliciosamente agradável. Ao longe, ouve-se um galo cantando, chamando-nos para acordar, pois o dia já raiou.

Ao som dos bem-te-vis, me espreguiço docemente, com uma preguiça de quem quer dormir mais um pouco. Sons que lembram a beleza das aves, sua delicadeza e graça, rasgam o céu em voadas que fazem uma dança que só elas sabem, e assim planam.

Quando  erguo o olhar, vejo os raios do sol insistindo em me dizer: "Vamos levantar, vem para a vida, viver." E o galo canta novamente, misturando-se ao silêncio da manhã. Um silêncio que permite ouvir ao longe o som dos carros passando. É uma sensação estranha de barulho com silêncio. Que curioso! Mas a paz que nos proporciona é maravilhosa. 

Pulo da cama, me visto, e agora vou espreguiçar o corpo por meio da yoga, para o dia começar.

E o galo canta mais uma vez...

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Fé em Deus e nos homens.

 


Um final de semana maravilhoso em Jericoacoara. Máquina fotográfica à mão. Mas, para nossa surpresa, após a noitada, ao chegar na Pousada Jeri Village: "Cadê a máquina?" "Ah, devo ter deixado no carro do meu filho."

Pela manhã, fomos ao estacionamento, porém nada de "máquina". Aí foi aquele rol de lembranças por onde andamos. Claro que só podia ter ficado em um dos lugares por onde andamos. Meu filho ria e dizia que eu não ia achar... Meu marido! Esse então só brigava comigo cada vez que eu falava em ir aos lugares perguntar se alguém teria visto a máquina de fotografia.

À noite, arrumando nossas malas, peguei no carregador da máquina e comecei a pensar nos bons momentos registrados até aquele dia. Na piscina, eu dizia que tinha muita fé em Deus que eu iria achar minha máquina; em nenhum momento, pensei o contrário.

Quando todos acharam que eu já havia dado como perdido, rumei ao primeiro restaurante onde paramos e corri para o rapaz acima e perguntei: "Ontem, você não achou uma máquina fotográfica naquela mesa?" Ele deu um lindo sorriso e disse: "Achamos sim, vamos ver se é a tua."

Diante do balcão, ele questionava ao colega. Eu super ansiosa. Só pensava: "Achei minha máquina." Quando seu colega nos deu a máquina, ufa! Era a minha. Só não dei um beijo e um abraço forte porque me contive. Mas dei pulos de alegria e saí correndo com ele até onde estava o meu filho, nora e marido, gritando:

"Eu não disse que acreditava em Deus?" "Vocês não têm fé!"

Meu marido sorriu e concordou comigo. Disse que nunca mais ia duvidar da minha esperança e da minha fé.

Deus nos dá anjos para nos guardar e neste dia foi o Sandro, do Restaurante Zchopp.


Fé em Deus e nos homens.

Não vire as costas para a violência

A violência está se tornando tão banal que já se sabe o que os jornais vão noticiar todos os dias. Existem até programas que vivem da violência. Seus apresentadores fazem um grande teatro ao falar de acontecimentos violentos, tentando dar um ar de indignação.


A violência é definida pela Organização Mundial da Saúde como "o uso intencional de força física ou poder, ameaçados ou reais, contra si mesmo, outra pessoa, ou grupo ou comunidade, que resulte ou tenha grande probabilidade de resultar em ferimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação", embora reconheça-se que incluir "uso de poder" em sua definição expande a compreensão convencional da palavra.



Fico me perguntando o que se passa na cabeça desses apresentadores. Será que eles acreditam que estão contribuindo para acabar com a violência? Será que a sua "atenção" ajuda a diminuir a criminalidade? E será que haveria audiência se não houvesse criminalidade? São questões intrigantes, na verdade.

Outro dia, eu estava indo buscar minha filha na escola quando vi uma moto parar abruptamente. Uma moça que caminhava pela calçada virou-se assustada e o motoqueiro tentou pegar sua bolsa. Eu simplesmente não podia acreditar no que estava vendo. Todos os dias ouvimos relatos desse tipo, mas testemunhar é algo que nos faz agir sem pensar muito. Parei mais adiante e comecei a buzinar insistentemente. Observando pelo retrovisor, vi uma Hilux dobrando a esquina no local do assalto, e o motoqueiro subiu na moto e fugiu no mesmo instante. Não sei dizer ao certo por que não fui atrás dele, mas retomei meu caminho. Enquanto o via se afastar, só pensava em derrubá-lo com uma manobra brusca do carro. Quando me preparei para fazê-lo, outro motoqueiro, que não tinha nada a ver com a situação, se interpôs entre nós. O motoqueiro ladrão seguiu impunemente adiante, e eu o acompanhei com o olhar até perdê-lo de vista, continuando a buzinar para que ele não se esquecesse de mim. Por quê? Por que não o persegui? Esse era o meu desejo: o trânsito estava parado! Esta é a principal vantagem para um motoqueiro. Um carro não pode ocupar o espaço que eles ocupam e, portanto, beneficiar-se da prática do mal. É simplesmente revoltante. Não conheço a moça. Acho que ela não foi assaltada, pelo menos essa foi a impressão que ficou ou, então, é fruto do meu desejo.



O medo é uma sensação que gera um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer algo, geralmente porque se sente ameaçado, tanto fisicamente quanto psicologicamente.



Depois de tudo isso, me ocorreu: e se ele estivesse armado? E se tivesse atirado nela ou em mim? Por que não continuei meu caminho? De que adiantou a buzina? Se eu tivesse derrubado o motoqueiro, o que teria feito em seguida?

Ao contar o incidente para algumas pessoas, o que mais me impressionou foram as reações: "Você teria coragem de derrubar o motoqueiro? Não teve medo? Você está louca? Mãe, o que você está pensando, além de ter feito uma loucura! Um dia você vai se arrepender!", etc. E olha, eu não me arrependo. Desejo que alguém um dia faça o mesmo pela minha filha, que passa por ali todos os dias. Tenho medo? Sim, tenho. Mas meu maior medo é ficar indiferente ao próximo. Rezo todos os dias para que Deus me proteja a mim e a todos. Que Ele me torne invisível ao inimigo. Que Ele me permita me defender do mal. E, principalmente, que eu nunca, mas nunca mesmo, precise me defender, mas se precisar, que eu saia vitoriosa. Se eu peço isso todos os dias a Ele e tenho sido atendida, como posso não olhar pelos outros?

Confesso que até pensei por que aquele motoqueiro tentou assaltar a moça. Será que havia uma família necessitada, um filho doente, desemprego, desespero? Orei por ele. Isso é tudo o que posso fazer no momento.

Agora vem o meu apelo. Não fechem os olhos para situações de violência. Não alimentem ainda mais a vulnerabilidade em que vivemos. Não assistam a programas que se beneficiam da violência. Orem a Deus todos os dias para que Ele nos proteja, a nós e aos nossos.




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Eu queria estar lá

Eu queria estar lá,  

Ouvir as conversas,  

Ouvir as risadas,  

Eu queria estar lá.


Sentada num cantinho,  

Observando as crianças brincando,  

O vento suave soprando,  

Eu queria estar lá.


A lua brilhando no céu,  

O vento acariciando,  

As árvores balançando com leveza,  

E eu queria estar lá.


Segurar tua mão com ternura,  

Apertar teu braço em carinho,  

Dar aquele abraço apertado,  

Eu queria estar lá.


Este é meu espaço

 


Outro dia me perguntaram porque eu mantinha este blog. Minha resposta é simples: Este é o meu espaço. Aqui escrevo o que quero, o que desejo. Aqui me represento por meio dos meus pensamentos ou pelo que os colegas escrevem, pelo que replico. Aqui posso representar o que há de melhor no ser humano. Ou passar um pouco do que sei para quem quiser aprender. Ou apenas ser eu mesma.

Um dia pensei em ser a melhor esposa, a melhor mãe, a melhor contadora, a melhor professora, a melhor amiga, a melhor de mim mesma. Mudei meu pensamento? Que nada! Estou na busca do que posso ser melhor. Uma devoradora do mundo. Uma mestra em desejar o melhor: o melhor de mim e de você. 


Aprendi que querer é poder, mas este querer não tem fim. Seremos sempre uns eternos aprendizes. Somos mutantes como a própria vida o é. Nada é igual, nem ninguém é igual a ninguém. Sempre haverá um melhor. Sempre haverá superação. Mas nunca acabará o desejo do Melhor. Esse é o espirito da competição. Motivo das Olimpíadas. 




Não tenho idade, tenho conhecimento. Minha idade é tudo aquilo o que sei fazer. Minha prece é que haja muito amor num mundo cheio de conhecimento. E que este blog possa fazer este papel: disseminar o conhecimento a quem o desejar.

domingo, 21 de julho de 2024

Quero escrever


Escrever não é fácil. Você já se imaginou contando uma estoria? Você pensa e as idéias vão fluindo. Mas quando a gente resolve escrever, as palavras somem, o conhecimento se torna restrito, há um sentimento de imprecisão. Mas, mesmo assim, você quer escrever. E sobre o que escrever? Sabemos muito mas a quem interessa o que vamos escrever?


Escrever é uma ferramenta que usamos para nos comunicar e comunicação só acontece quando há um emissor e um receptor, quando há quem deseje escrever e quem deseje ler. Estimular esta leitura é o quê da questão.Mas preciso escrever. Colocar para fora o que me sufoca.

Sufoca saber ou querer muito saber. Sufoca acumular o que sei. Sufoca o calar. Preciso escrever para dizer como fazer, para dizer como aprender, para apenas dizer.Creio que este seja o objetivo de todos que escrevem. De quem como eu tenha um blog. De quem escreva um livro. De quem faz notícia.

O conhecimento é um direito de todos, mesmo daqueles que dizem não querer saber. Se assim o fosse não abririam a TV todos os dias, não leriam um jornal, não leriam um livro qualquer. Não conversariam com outras pessoas. Não dormiriam. Mas tenho que escrever.



Comecei a escrever um livro. Mas já se passaram cinco anos e não terminei tal livro. Digo que quando eu acabar será um peça de museu e mesmo assim atingirá seu objetivo o de informar como tudo começou. Do papel a virtualização do conhecimento.

Haverá um tempo em que o papel será passado. E a caneta nossos dedos ou quem sabe somente nossa mente. Mesmo assim quero escrever.


No papel

 



No papel um pensamento!
Que muito já fiz e muito hei de fazer
Nele posso escrever um pensamento.
No papel conto histórias
Ou quem sabe só estórias
Nele posso contar um pensamento!






No papel que agora tem letras
letras pretas, amarelas, ou trezentas
formam palavras, pensamentos...
Cada toque um pensamento.
Cada parágrafo uma história.
A cada ponto um pensamento.
Após a vírgula, uma pausa para um novo pensamento.



Penso aqui, penso ali, penso em ti..
Um pensamento!
Pulo uma linha, novo pensamento.
Uma corrente de sentimento a cada novo pensamento.

Penso aqui, penso ali,
de novo um lamento.
No papel um pensamento.

Anjos existem

Vou iniciar esta narrativa com uma estória contada por populares:


- Havia um senhor que era muito crente em Deus. Um dia, foi nadar no mar e foi arrastado pela correnteza mar adentro. Como nadava muito bem, não se afogou de imediato. À medida que o tempo passava, seu cansaço aumentava. Algum tempo depois, chegou um salva-vidas, mas ele não aceitou a ajuda porque Deus iria ajudá-lo. Em seguida, chegou uma pequena jangada, mas ele também recusou. Depois, chegou um navio, e ele também o recusou. Já muito cansado, viu um submarino e agradeceu a ajuda, mas disse que não precisava, pois Deus iria ajudá-lo. Veio o cansaço e ele acabou se afogando. Ao chegar no céu, foi recebido por Deus e imediatamente indagou: “Senhor! Tanto que creio em Ti e não me ajudaste a sair do mar?” Deus, olhando em seus olhos e o amparando pelas mãos, respondeu: “Meu filho, te mandei um salva-vidas e você recusou a ajuda. Te mandei uma jangada e depois um navio, e também recusou. Até um submarino te enviei e nem assim você aceitou. É por isso que estás agora comigo.”

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E aqui começa a minha história. Minha filha volta sempre da aula de ônibus e está sempre com seu celular em mãos ou na bolsa da escola. Neste dia, resolvi visitar meu filho no horário da tarde. Como o colégio é perto da casa do meu filho, o pai dela me pediu para ligar para ela. Assim, procedi, porém quem atendeu tinha a voz de um homem e havia muito barulho ao redor, como uma briga ou confusão. Desliguei imediatamente e disse, olhando para meu marido: “Ai... deu medinho... quem atendeu foi um homem?” Liguei novamente, pois poderia ter discado o número errado. Novamente, a mesma voz. Finjo querer falar com o Sr. Antônio, um nome que inventei na hora. A voz pergunta se o celular era do Antônio, e eu respondo com outra pergunta: “Como você pegou este celular?” Rapidamente, ele diz que tinha visto um rapaz roubar o celular de alguém que estava subindo no ônibus, correu atrás dele e tomou o celular de volta. Me questionou sobre como poderia devolver o celular. Atônita, disse que aguardasse, pois ligaria depois. Olhei para meu marido com um olhar assombrado e disse: “Acho que roubaram o celular da nossa filha.” E contei o ocorrido.

Em segundos, pensamentos aterrorizantes passam pela cabeça, e o pavor tenta dominar o pensamento. Mas decidi que ia para casa ficar esperando notícias, enquanto ele iria até a casa do nosso filho. Ligamos imediatamente para a melhor amiga dela e perguntamos se ela estava com minha filha. A amiga disse que havia estado com ela há cerca de 15 minutos e acreditava que ela estivesse em sala de aula. Contei o ocorrido e pedi que ela localizasse minha filha e verificasse se estava tudo bem, pois não conseguia falar com ela.

Alguns minutos depois, tentei, em vão, falar com a amiga da minha filha; o telefone só dava ocupado ou chamava sem resposta. Lá vinham os maus pensamentos... até que atendeu e explicou que já havia recuperado o celular, mas, quanto à minha filha, disseram que ela havia subido no ônibus. A voz com quem falei era de um vigilante de uma farmácia que, ao ver a ação do rapaz que havia retirado o celular da bolsa da minha filha, abordou o rapaz e recuperou o telefone. O alívio só veio após minha filha chegar em casa, pois não havia como ter certeza de que ela estava bem. A beijei e abracei tanto. Só agradecia a Deus por estar tudo bem.

Retrocedendo para a manhã antes deste acontecimento, sempre faço a mesma oração a Deus, pedindo que minha filha se torne invisível para o mal e que Deus a proteja sempre. À tarde, antes de ligar, eu havia ido ao cardiologista e, ao sair, lembrei-me dela. Pensei que ainda não havia falado com ela e pedi novamente a Deus que os anjos ficassem sempre perto dela.

Então, quando estava abraçando minha filha, só agradecia a Deus pela proteção e pelo anjo na forma do vigilante e de todos os amigos que foram em socorro a ela, mesmo sem ela estar lá, resolveram o problema.

E é assim que acredito que Deus se manifeste: por meio de diversos meios, mas sempre fazendo o que pedimos a Ele.

A bruxa que existe em mim

 




A bruxa que existe em mim

Ela é assim de longe é feia com nariz agudo e grande, sempre sentada em sua vassoura esperando para onde ir e contra quem agir;

Ela é feita para te atormentar.

E não adianta fugir, rápido te encontro. Basta eu olhar na minha bola de Cristal. Que tal não se esconder?

Correr? Para quê? Se eu te alcanço! Num piscar de olhos e num vapt- vupt! Não! Fique ai. Parado, temendo, com olhos arregalados, coração batendo, suando.

Não! Eu te encontro pelo cheiro. Meu nariz é aguçado. Vareja que nem um bicho. Meus olhos arregrados ... com teu cheiro melado...

Paralisado como a uma pedra eu vou te achar. Imóvel, inerte, incapaz de fugir.

Os cabelos sempre desalinhados, um sorriso sempre maléfico, um olhar maldoso e malicioso. Vejo prazer no teu temer.

Não durma! Eu estou nos teus sonhos! Sondando teu mundo. Um mundo louco! Louca para te  atormentar a fomentar teus medos meus.

Eu sou a Bruxa;
A bruxa do teu temor.

O monstro que existe em mim

 Você já olhou ao redor e se deu conta que precisa fazer algo senão seus sonhos não se realizam? E, de repente, bate uma angústia onde a decisão te aterroriza, te deixa com uma respiração agitada, cabeça a mil?






Eu não consigo calar. Preciso falar, preciso lutar. Não  me diga que não posso. Eu provo que sim...E não me intimide, não tenho medo. Meu olhar te mostra até onde sou capaz de ir. Não são palavras ditas aos gritos, com ironia, com desdem que me fazem parar. Assim, você faz o monstro que existe em mim, crescer... se revelar. 

Não entendo quem não luta por suas crenças, quem tem medo de se expor, quem tem vergonha de demonstrar a oposição. Quem não 
questiona.



Não seria a primeira vez que digo que sou uma bruxa. Se para você uma bruxa é uma pessoa ruim, então sou seu maior medo. Se acha que uma bruxa é quem faz acontecer, eu sou assim.



Um dia pensei: quero casar. Num outro: chega, agora quero trabalhar. Então, se negaram a me ensinar; aprendi sozinha. Olhando sob os ombros de quem trabalhava. Vou fazer faculdade, vou fazer especialização. Vou ensinar. Vou trabalhar naquela empresa. Vou fazer um concurso. Abra cadabra! Vrummmm! 

Sim! Eu posso e você também!