Voa no alto do céu,
Com seu olhar aguçado de caçadora,
Na busca impiedosa
De uma presa.
Assim, te vi a me olhar;
Como presa, não consegui escapar.
Teu porte absoluto
Foi símbolo de coragem e braveza
Nos escudos dos senhores da guerra.
Como não te admirar e amar,
Meu nobre senhor?
Me pegaste com suas garras,
Me levaste até o céu, para de lá
Sentir o gosto do teu calor,
Sem receio de cair,
Já que com tuas forças
Me levas para onde o amor vai.
Me vi presa no alto de tua morada,
A admirar a imponência do lugar.
Medo jamais senti,
Pois me cobrias com tuas asas
E me alimentavas com teu calor.
Saiba, Hárpia querida,
Tua beleza me embriaga
Nas caladas da noite.
Sinto como se o céu
Fosse nossa eterna morada e,
De lá, só saio contigo a voar.
Assim és tu, meu amor!
Quem me faz mais feliz todo dia,
No aconchego do nosso ninho,
No abraço que me alça às alturas,
Onde amar é o próprio céu.
P.S.: Te amo.
Autora: Darlene Maciel