segunda-feira, 6 de maio de 2024

O Abismo


Estou caminhando na crista da montanha com abismos dos dois lados. Difícil é saber qual dos lados evitar.

Mas há beleza no abismo, pois sempre há uma saída. Mesmo sem respostas, pode-se olhar para frente.

Quando pensei que ia cair, você segurou minha mão e pude passar pelo abismo. Sem pensar nos perigos, sem olhar para trás.

Agora o que me importa é qual caminho seguir.

Lembra que eu abri a porta para você? Pois não foi a única porta que eu abri! Abri a porta do mundo para que você passasse e tudo que você precisa lá encontrasse.

Quero que você veja que tem um mundo ao teu redor esperando você chegar e conta dele tomar.

Você é estrela e estrelas nascem para brilhar. Então, vá e mostre a tua luz para todos que um dia duvidaram do que é capaz.

Ande sempre em frente sem nunca minha mão soltar.

Então, Sol da minha vida, me ilumina, que eu quero passar.

Teu colo



Como é lindo te ver deitar na paz do colo dela. Seu olhar amoroso, com seu afago, te dá repouso.

Ela olha para seus traços como a imprimir em sua memória cada traço do seu dengo.

Como quem cuida de algo tão valoroso, vê seus olhos e os cobre da luz a insistir em o acordar.

Mas o Sol teima em sua face pousar. E ela busca na sombra o melhor lugar.

O colo dela o seduz a ficar ali deitado, sob seus cuidados, na paz do pensamento, com o vento a acariciar seu rosto.

Ele tão ciente de seus cuidados, tira sonecas embaladas ao vento, sol e mar. Nada mais a desejar.

Quem passa por lá tem a certeza de que o amor ali está, um deitado a se deliciar e o outro, o ser amado, a fitar."

O Cisne


No entardecer, vê-se um lago com sua encantadora beleza. Águas escuras pelo limo em suas pedras, mas límpidas a brilhar. Um brilho reluzente como um lençol a balançar que nos remete a um lindo tapete preto, igual às penas do Anu. Tão majestoso quanto um Cisne Preto a desfilar com toda a formosura de sua natureza.

Como pode tanta beleza? Com elegância, a nadar calmamente nessas águas cristalinas. Se não fosse pelo brilho esplendoroso de suas penas negras, haveria uma união entre água e pássaro. Mas com seu bico vermelho e pescoço longo, não há como confundir.

Ave monogâmica, que ao andar em pares ou com seus filhotes, muitas vezes desenha um coração com o formato de seus pescoços longos e arqueados, como um casal enamorado.



Quando pequenos são brancos e feios, por isso o apelido de patinho feio. Que de feio nada tem à medida que crescem. Me lembra a história do Patinho Feio que muito li para meus filhos. Até filme foi feito!

Seja filme ou estória, o Cisne nos hipnotiza com tanta beleza a bailar sobre as águas pretas do lago.


Não há nada além dos dois, o lago e o Cisne. Cada um com seu mistério e seu esplendor. Cabe aos passantes se deliciarem com tanto resplendor.

domingo, 5 de maio de 2024

Eu prometo


Eu te prometo viver com você os melhores momentos dos nossos encontros.

Te prometo ser tua amiga, namorada e moleca.

Te prometo olhar em teus olhos com amor e compreensão.

Te prometo olhar sempre na mesma direção.

Te prometo que, nem que seja por um dia, um mês ou para a vida toda, vou te amar.

Só não posso prometer que vou te esquecer!

Nosso estranho amor!


Quando a insegurança bater, lembra da primeira vez em que, num momento sem querer, minha perna encostou na tua. Não há razão melhor para lembrar da atração inesperada que se sentiu um pelo outro naquele momento.

Quando o medo surgir, lembra de como fugi com medo desse louco amor: no enredo das risadas, no trocar das sombrinhas pelos chuviscos a cair.

Quando sentir a dor do 'talvez', se recorda do poema "Eu Prometo". Nele há verdades sentidas e desejadas com o mesmo 'talvez' que nos ronda pelo futuro incerto.

Quando pensar 'Me socorre', primeiro segura minha mão, pois estaremos unidos pelo mesmo desejo.

Mas lembra: as inseguranças, os medos, os 'tal vezes' fazem parte deste lindo caminho a nos guiar. Porque ainda não temos as respostas que o tempo precisa. Mas temos algo real, o nosso estranho Amor.

Um anjo em minha vida




Há um anjo em minha vida. Os anjos são como nós, assim podemos vê-los.

Para uns são Santos, seres sem corpos, mas com vida própria, sempre ao seu lado, que os defendem.

Para os filhos são as mães que os embalam na hora da dor, que os protegem enquanto pequenos, da mais singela forma: com orações, com afago, com amor.

Para os amigos são os melhores companheiros que os atendem a qualquer hora que precisam. Seja por telefone, MSN ou correm para ficar ao seu lado assim que a dor aumenta.

Para os amantes são os seus amores, que com seus beijos e abraços, te mostram como viver sem medos, dores ou incertezas.

Mas os anjos precisam saber o quanto você precisa deles. Eles não adivinham, principalmente aqueles com corpo. Enquanto o outro precisa apenas que tenha fé.

Quem será o meu anjo? Quantas vezes me protegeu? Sim, ele existe e me protegeu sempre que assim o proclamei ou o procurei.

Sem anjos, é o mesmo que dizer: sem proteção, sem amigos, sem mãe.

Quando meus olhos fecham


Quando meus olhos se fecham, sinto-me transportado para o teu lado como se estivesse a sonhar. Sinto tua boca na minha, teu hálito, teu beijo me enfeitiçam, assim como um mágico a hipnotizar.

Ao fechar os meus olhos, sinto tua língua na minha, numa dança coreografada como a de um casal a bailar. Me fazendo sentir o calor do teu corpo como uma fogueira a queimar.

Ao cerrar meus olhos, imagino-te meu homem e eu tua mulher, tal qual amantes a deitar. Percebo a beleza do amor em cada gesto, movimento e palavra dita, como o orador que fala para uma plateia encantada.

Ao me ver na escuridão dos meus olhos, já sei que é hora de dormir para um novo dia renascer e tudo de novo começar.

O Cata-vento e histórias da infância


Ao olhar esta foto, vi-me transportada à minha infância na casa dos meus avós. São doces lembranças de brincadeiras, corridas e banhos de cacimbão. Então, resolvi enviar uma mensagem para o grupo da família para descobrir quem tinha memórias do Cata-vento e das brincadeiras. Fiz um pequeno levantamento e aqui vamos nós desvendar as melhores brincadeiras. Continuem imaginando.

Meu avô tinha uma casa grande, pois teve 14 filhos e todos tiveram pelo menos 3 filhos, então, já podem imaginar a farra que era o encontro dos primos e o terror que o vovô passava com essa menina correndo em seu terreiro de plantação de verduras. O sustento da família vinha dessa plantação. Havia canos grossos que faziam a irrigação do plantio. A água era proveniente de um grande cacimbão vertical acima da terra, com cerca de 5 metros de altura. Posso estar enganada, mas para a criançada que precisava de escada para subir nele, dava a impressão de ser muito alto. A água era puxada por um moinho de vento igual ao da foto.

O Cata-vento, segundo minha irmã do meio, fazia parte do super quintal mágico onde se plantava coentro e cebolinha. Tais cheiros me remetem à infância.

Meu primo Bruno conta que o vovô brigou com o pai dele quando o cata-vento quebrou, e para fazerem as pazes, seu pai resolveu colocar o nome dele em homenagem ao vovô.

Além destas memórias emocionais, há outras mais explicativas sobre como o Cata-vento funcionava. Como a do meu primo Ricardo (Preto, pois tinha o Branco) que lembra que o Cata-vento tinha uma escada de ferro para as crianças não alcançarem a sua caixa coletora, que ficava no alto próximo à roda, tinha um leme que direcionava a roda de acordo com a posição do vento. A caixa coletora se dividia em duas, quando faltava água na casa da vovó, alguém tinha que subir e fechar a caixa que iria para a horta. Tinha uma grande Caixa D'água que existe até hoje, era uma obra sem cimento, só a base de cal e barro. A irrigação da horta era feita à base de baldes.

Também, havia diversos tipos de brincadeiras que nos divertiam naquela época:

- Brincar de enterro de pedaço de pau, onde os meninos arranjavam uma caixa de papelão, colocavam um pedaço de pau dentro, cobriam com rosas que a vovó cultivava e saíam em cortejo rodeando a casa, cantando: "Ave, Ave, Ave Maria. Tem muito pedaço de pau enterrado naquele terreno!"

- Brincar de Guisado e bonecos, onde as meninas faziam guisado e os homens participavam só comendo. Os meninos usavam bucha de tomar banho e melão de São Caetano para usarem como brinquedo. Nas buchas de tomar banho usavam palito de coqueiro para as pernas e os chifres dos bois, e faziam o cercadinho de palitos e os melões de Caetano eram as galinhas, e os pedacinhos de pau eram as pessoas.




Outra lembrança engraçada é que, segundo as lembranças do meu primo, meu pai mexeu num ninho de calango e o casal de calango deu a correr atrás do papai. Este subiu em cima da mesa, grande da sala, e gritava chamando o vovô - seu Zè Bruno!...seu Zé Bruno!


A maioria dos primos lembra que o vovô tinha uma caminhoneta chamada Madalena, de cor azul, onde o tio João aprendeu mecânica com este carro, que ficava atrás da casa, embaixo de um abrigo feito como garagem. O tio aprendeu a saber o nome das dimensões da chave pelo cheiro, acredita? O vovô montava e desmontava o motor da caminhoneta e pedia: "me dá a chave número tal", o tio levava outra chave, daí o vovô ia lá e pegava e esfregava nas ventas dele a chave e dizia: "é esse aqui, filho de Nossa Senhora!"

Meu primo Francisco Odílio lembra bem que se escondiam embaixo dos canteiros com meus irmãos e o vovô ficava com raiva porque machucava as verduras. Outra vez brincavam de cortar o peixe e o ferro entrou no pé dele e acusou meu irmão de ser o culpado, fazendo o vovô mandá-los para casa.

Valéria, minha prima, lembra que atrás da casa da vovó tinha uns quartinhos onde a Tania, também minha prima, tinha muitas bonecas e dizia que eram as filhas dela, e a Valéria acreditava, pois era muito pequena e a Tania sempre a enganava neste sentido. Dos morros que tinha no quintal, onde brincava de enterrar os pés.

Maria, minha prima, lembra que ela e outros primos estavam no quintal perto do cacimbão, olhando os sapos cururus que caíam dentro do cacimba e cuspiam por brincadeira, só para ver as ondas da água que surgiam após cada cuspida. Depois disso, subiram no Cata-vento e viram o vovô correndo com o cinto na mão, e como ele era lento, deu tempo de descer e cada um correr para lados opostos e ele não conseguir pegar nenhum. Depois do susto, muitas risadas eram dadas.

Nós éramos umas pestes saudáveis, então, quando o vovô se distraía, a gente entrava no reservatório d'água para tomar banho. Não sei como nunca nenhum se afogou. Quando vovô via, era uma correria só. Lá vinha ele com o cinturão na mão, dizendo "vou pegar vocês". A vovó era quem nos defendia. Dizia: "Oh, José Bruno, deixa as crianças!"


E que crianças! Que adoravam brincar de equilibristas nos canos até que um quebrava e alguém se machucava, só assim a brincadeira acabava. Como havia muitas mulheres no terreiro, tinha uma casinha que era o galinheiro. A gente espantava as galinhas, ou elas saiam para comer milho e nós brincávamos de casinha de boneca, fazenda, comidinha, horas de brincadeira, horas de verdade, tudo dependia do momento. Até panelinha de barro a gente tinha. O chato era quando dava final da tarde e as donas do galinheiro chegavam e tudo terminava, às vezes até com choro... de "eu quero brincar mais!"



Muitas são as lembranças. Hoje os Cata-ventos estão quase em desuso da forma antiga de uso, tais como: direção dos ventos, moedor, puxador de água, e todas outras formas que a própria história nos conta. O nosso, que foi centro de muitas emoções, continua firme e forte no terreno, mas não mais irá fazer parte do nosso futuro. Ficará nesta doce lembrança do passado.

E você, meu leitor? Que lembranças tem da sua infância? Agora, feche os olhos e se deleite com as suas lindas lembranças.



A cachoeira


Às vezes, não nos damos conta de que o imprevisível pode acontecer. Quem diria que ao caminhar entre ruas em direção à praia haveria uma cachoeira? Conforme seguimos adiante, escutamos o som das águas caindo e percebemos algo surpreendente: uma cachoeira! Parecia até miragem.

Lá havia uma linda cachoeira cuja brisa nos molhava o rosto, esfriava o calor, e atiçava a imaginação. Pensamos em entrar nela e tomar um banho. Sentir a água molhar o corpo, escorrendo até os pés, e nos deliciar com seu frescor. Depois, toda molhada, seguir até a praia e entrar no mar. Que convite maravilhoso! Mas o caminho que tenho que seguir e o banho a tomar serão em outro dia, a sonhar.

Na jornada da vida, isso também acontece. Estamos ao lado de amigos e, de repente, um em especial te arrepia a pele, te causa sensações estranhas e incompreensíveis, como as corredeiras das cachoeiras que correm e se debatem sobre pedras. Até que, como um passe de mágica, como as águas que transpassam as pedras, você vê que está diante de um grande amor. E foi assim, vida, que você surgiu na minha vida. Uma cachoeira linda e imperiosa, fixada nas rochas com águas límpidas a me encher de amor.



Se a Noite chegar


Se a noite chegar, não tenha medo, pois estarei a te cuidar. Deixe os pesadelos irem embora, pois não dizem nada que vá te ajudar. Mas se os sonhos forem meio loucos, apenas ria, e creia: são as asas da tua imaginação.

Pode se mexer, dar murrinhos, me empurrar um pouquinho, pois sei que estás a sonhar. Se pudesse entrar no teu sonho, descobriria com quem tantos brigas. O que te aflige ao dormir, quais são teus medos e anseios. Não vou te acordar, apenas afastar um pouquinho para deixar teu corpo livre, expulsando teus pesadelos.

Há quem diga que o sonho reflete nossos desejos e medos, outros que nossa alma sai a vagar. Ferramenta dos psicólogos, dos poetas e dos amantes. Para a Medicina, com sonho ou não, o dormir é restaurador, sem uma boa noite de sono não somos capazes de dar o melhor, e doenças são esperadas. O sono nos regenera e nos prepara para um novo dia cheio de novidades.

Se ao abrir os olhos perceber que o dia ainda não clareou, não sofra, as sombras são apenas reflexos de objetos e algumas são frutos da tua imaginação. Fecha teus olhos e volta a dormir que outro sonho virá. Se este não for bom, é porque é hora de levantar.

Agora, acorda. Senta na cama devagar, espreguiça-te igual a um gato para teu corpo acordar. Sinta cada parte do teu corpo alongar bem gostoso. Sorria, olhe para frente, pois agora iremos viver!


sexta-feira, 3 de maio de 2024

Alexa

Aqui, longe de todos, me sinto plena. Muito feliz com as novas descobertas. Sentindo-me amada, desejada, como nunca antes em minha vida. Um lugar mágico, onde a música rodeia meus ouvidos e a vontade de bailar levanta minhas sapatilhas.


Onde dançar todos os dias faz parte desta nova história. Sempre sob o comando: "Alexa, toca Bee Gees!", ouvem-se as músicas feitas para se amar. A um pedido: "Me tira para dançar!" Ele ergue sua mão num convite de "vem me abraçar para bailar". Seu gesto lindo me faz emocionar. Ele passa os braços ao redor da minha cintura, e com suavidade vamos dando os primeiros passos, primeiro sem sincronismo e logo vem o jeito certo.

A sensação de pura embriaguez invade nossos corpos. Vamos dançando como se não houvesse ninguém a nos olhar. E não havia. Apenas a música, os corpos e a emoção. Suas mãos descem e sobem nas costas do meu coração alado. Sua boca sussurra palavras de amor. Seu olhar me fita como uma flecha a entrar. Meu corpo estremece, arrepia, e minhas mãos enrolam no seu pescoço. Meus olhos fechados sentem o ardor do fogo que nos consome. Cabeças se encostam com olhos fechados e ávidos por mais.

Então, cansados, nos deitamos embalados pelo sentimento do mais puro amor. Onde não há lugar para raivas ou rancores. Em nossos corações, só amor. De olhos nos olhos, nos beijamos. Já não queremos dançar, o ritmo agora é outro. Sons inaudíveis nos enroscam até que o suspiro sacia nossos corpos suados. Adormecemos ao som de corações apaixonados.

Alexa, desligar!


O Desejo


Após 15 lon
gos dias, tudo o que o casal desejava era estar junto. As conversas por celular já não preenchiam seus anseios amorosos. Mesmo se vendo por vídeo, era irracional não poder encostar seus lábios um no outro para saciar todo o desejo de amar. As horas de longas conversas até acalmavam os corações apaixonados, mas como apagar a chama do desejo?

O desejo de ver, sentir e estar juntos, ou mesmo apenas supor. O que importava era gravar ao vivo tudo o que não era possível por meio de um celular. As imagens não tinham sabores, cheiros ou sentimentos. Nem sempre transmitiam a verdade do momento.

Assim, mais alguns dias se passaram e, em alguns momentos, a insegurança surgia tão rapidamente quanto o ar que respiravam. Seria o tempo o algoz desse amor insano? Ou apenas o seu grande defensor?

Entretanto, a necessidade de estarem juntos venceu e a viagem foi marcada. Cada um imerso em suas emoções, chegaram até a dialogar sem razão aparente. Que loucura! Ela querendo estar em seus braços e ele ansiando por aquele momento. Ficaram tão absortos na insegurança que o tempo passou rapidamente, como se dissesse: "Calma, já é hora. Agora é hora de se amarem."

Com a mala na mão, ela seguiu sorrindo, certa de que alcançaria terras cheias de histórias, onde novas memórias seriam escritas. Pode não ser sobre revoluções, guerras e paixões. Nem sobre viver em palácios, muralhas e aldeias. Mas quem sabe seja um... era uma vez... de verdade?

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Amor e o Velho Mundo


No velho mundo, conheci o amor. Houve época em que nem se pensava em lá ir. Quem diria, uma paixão! E com ela ter os melhores momentos de uma nova, futura vida.

Assim, os dias iam passando sempre com novos amanheceres. Nem um dia foi igual. Em cidades cheias de histórias, eu me encantava ao seu lado com cada fato narrado. Sobre lembranças do passado, fomos construindo as nossas próprias aventuras. A cada passo dado no atrás, passos presentes se faziam a desenhar passos futuros.

Sobre pedras das muralhas de castelos e palácios, ouvíamos suas histórias, onde era ousado saber como puderam construir algo tão perfeito com tão poucos conhecimentos tecnológicos que hoje temos. Alguns castelos levaram anos para serem construídos, mas seus arquitetos estavam de parabéns. Na literatura, há narrativas sobre o período de grandes conhecimentos e descobertas, que pelas invasões puderam aumentar ainda mais o saber das arquiteturas estrangeiras.

Mas creio que não sabemos, na verdade, seus CHA’s. Conhecimento, não temos. Suas habilidades, nós vemos. Suas atitudes são esboçadas nas histórias que nos foi permitido saber.

Assim, a cada dia, meu amor flutuava nas asas da imaginação. Uma hora, uma donzela em perigo, outra, uma rainha a imperar, e damas a bailar. Sonhar com uma época onde o que parecia puro romance é descobrir que o perigo sempre estava no ar. Por isso, a necessidade de muralhas intransponíveis.

Esta Eurásia é mesmo um berço de muitas histórias, palácios, castelos e muralhas, e ainda vou conhecer mais a fundo. Visitando cada país que a forma. Esta sede que preciso saciar só será possível bebendo o conhecimento com os olhos e ouvidos atentos a cada detalhe.

Mas tudo será melhor com meu amor ao lado, sempre me narrando os fatos ali ocorridos. E como ele disse: O que não sabe, inventa!