domingo, 4 de fevereiro de 2024

Uma noite a bailar

 Uma noite a bailar.

 E foi assim.

Ficamos juntos durante o dia, num lugar de vai e vem. E naquele nosso cantinho, muitas conversas sobre nós, eu e você.

Nada melhor do que te ter ao meu lado para opinar sobre como me vestir. Por alguns momentos, tive medo de não poder corresponder. Mas saber que o importante sou eu, me deixou mais confiante.

Fomos para casa, cada um no seu rumo. Puxa, como dói cada vez que te vejo partir.

Logo a noite chegou. Me vesti para te encantar. Saí toda confiante de que você ia adorar. E, ao ver teus olhos, percebi. Sim! Ele gostou! Seus olhos dizem que sim!

Encontramos nossas amigas, cada uma com sua beleza, todas sorrindo, pois a noite já começou!


Olha como estamos felizes! 

E a música é muito gostosa, decidimos então dançar. Será que sei dançar? Quanta dúvida em meu coração. Afinal, eu quero bailar. Um para cá, outro para lá. Não! Eu vou aprender. Afinal, quero dançar. Aos poucos fui confiante de que meu corpo combina com o teu.

Não tem como não olhar teus olhos a me fitar. Ai! Apaixonei! Só deu vontade de dançar juntinhos. Fecho os olhos para gravar a sensação de te encostar. Teu cheiro, tua pele, me dizem como eu te quero.

Cada vez que vejo teu sorriso, sinto toda a felicidade que em uma noite não cabia. Mãos dadas, um para cá, outro para lá, nossos risos mostram como duas almas podem bailar.

De repente, estávamos só. Não havia mais ninguém, só eu e você, dançando que nem crianças a ninar.

Mas temos que ir. Lado a lado, tanto carinho. Mais uma vez: "Boa noite, minha Vida!" E assim fomos dormir. Cada um no seu cantinho, unidos pelo desejo desta noite para sempre lembrar.

A Chuva

 


A chuva caiu a noite toda, dizendo ao mundo que 2024 será de grandes surpresas. Algumas serão maravilhosas, outras esperadas e poucas não desejadas.

Haverá muito trovão fazendo barulho, mas não precisa se preocupar, cão que late não morde! Muitos relâmpagos iluminando nossos caminhos para não errar aonde se quer chegar.

Mas cuidado com o raio ele é iluminador, porém tem energia muito forte. Mantenha distância para não se ver num perigo eminente. Veja como cruzam os céus? Em um fantástico mundo de raios e trovões.

Chuva fina a te convidar para pensar o que se pode melhorar.  Mas, de repente, chuva forte te fazendo recuar para não sair do teu caminho. É apenas um desvio, não se preocupe, logo tudo vai passar.

Cuidado, pode haver alagamento. Caminhar por águas turvas pode ser um perigo. Decida que percurso a seguir, pois não pode cair num buraco. Ele pode não ter fim.

A chuva vai cessar, agora se pode seguir pelo futuro alcançado.  São, assim, os caminhos como Chuvas a limpar aquilo que se pode mudar.



domingo, 7 de agosto de 2022

Escrever o quê?

 


Escrever o que me vem na cabeça é como tirar leito de boi ou como içar peixe do gelo, mas preciso achar o elo que liga o pensamento as palavras.

Traduzir em letras cada ânsia de expressar um sentimento que não sei explicar.

Há uma vontade de caminhar na busca da história não contada.

Em escrever com passos curtos e longos cada desejo escondido, cada suspiro sem elo, cada ponto e vírgula não usada.

Nas linhas do papel uma reta com setas diversas mostrando os caminhos a seguir e por onde não caminhar.

Assim, olho o papel em branco. E mais uma vez vem a pergunta: o que vou escrever? O que preciso dizer?

Só sei que preciso me expressar. 

Aí começo a escrever, o que deveria ser muito é pouco. Então, vou a escrever buscando um tema que possa me fazer dizer tudo que preciso falar. O problema é sobre o quê?

Quem sabe sobre um amor já passado? Ou uma amizade findada? Ou mesmo sobre escrever!

Assim, finalizo esta escrita porque já me sinto feliz em escrever sobre o que escrever.





domingo, 10 de julho de 2022

Fitar o horizonte do mar

 


Nas ondas do meu passado vejo um mundo desejado indo de encontro com uma solidão sem mansidão.

As espumas da minha vida mostram que tudo explode com força e aos poucos deixam de fazer sentido.

Ondas quebram os meus sonhos com a força da maré, nela vejo o vai e vem dos meus desejos.

Mas, não há nada mais lindo do que a imensidão do mar. De cima pura paz, de baixo todo o mistério se desfaz.

Quantas vezes fiquei a te fitar, a admirar e amar.

Ai, fecho os olhos e sinto o ar a me beijar. Os cabelos a voar e o pensamento a velejar.

Um desejo de amar com toda a imensidão do mar.

Vento sobra no meu pescoço, me arrepia, me abraça. Deixa eu sentir o teu amor e nunca mais me afastar.

Se eu soubesse te amaria na verdade alucinante de uma amante enlouquecida da verdade escondida.

E o mar, a linha do horizonte, a brisa, a onda, tudo me levaria a sonhar e sonhar.

As ondas vem e vão, mas daqui eu não me embarco.



Saudades são três silabas

 Saudades são três silabas, mas que causa grandes emoções.

Saudades de um grande amor. Quem nunca chorou por amor?

Saudades de um filho; que mora longe; que já se foi, que te abandonou. Que mãe nunca chorou?

Saudades de um amigo; que na infância eram inseparáveis e o tempo afastou.

Saudades das brincadeira de criança, da grande roda, do esconde-esconde.

Saudades da saudade que não se sente!

Apesar de pequena, grandes sentimentos, lembranças boas e ruins, alegres e tristes.

Saudades quem nunca sentiu?

Não feche os olhos


Não feche os olhos, pois a dor virá aos teus.

Lembro de gente pequena tão linda; igual a uma boneca.

Corre daqui, corre de lá, muitos risos e brincadeiras

Não, não feche os olhos. Sua alegria nos enche de amor e paz.

Ainda há muito a questionar.

Não feche os olhos senão tudo será passado e o agora só lágrimas a rolar.

Todos em família Feliz Ano Novo

Estava eu a olhar o Facebook, Instagram

e me deu uma tristeza. Passei o ano longe da família. Hoje é difícil reunir todos, afinal, cada uma mora em um lugar ou País diferente. Olhando as fotos, os sorrisos. Cada um com semblantes diferentes mas felizes. 

Há quem diga que é uma falsa realidade. Claro que sei bem que em família nem tudo são flores. Entretanto os laços são fortes. Criações que veem da infância, amizades de colégios, faculdades e vão sendo incluídos como "família". 

A nora e o genro que entrou na família, aquele amigo que desde a infância está lá com você ou seu filho, e tantos outros agregados que queremos ter por perto.

E nós, o casal, sentados na frente da casa a ver os carros passarem, transeuntes a circularem em ritmo frenético. Risos altos. Cadê vocês? Seus risos, suas brincadeiras, a cervejinha, o Peru que todo ano é motivo de piada. Fecha as pernas, não deixa queimar, não pode ser pequeno, e risos por tudo isso.

No entanto, esta ano teve um novo participante "A Covid" e  "A Gripe. Enquanto uns estavam em seus lares com Covid, uma disse que ia nem que fosse a pé para não ficar isolada. Daí para um hospital foi um susto. Tensão até as nove horas, a incerteza do que aconteceria, de como chegar em pouco tempo de avião em plena virada do ano. 

Lagrimas teimavam em vir, depois a calma, está tudo em paz. Mas é os risos? Os abraços? As histórias? Não, nada. Devia eu estar triste? Afinal, nada de hospitalização, todos bem, porém isolados. Uns por doença, outros pela distância. Mas bem, então, sim tenho que agradecer, mesmo triste, é um sentimento que não mudou. Feliz por um lado, triste pelo outro. Saúde, Amor e Paz foi o que mais desejei neste ano que findou e que começa.

Feliz Ano Novo

Cadê voce?




Eu sinto medo 

Medo de olhar e não te ver

Medo de não dizer "Eu sinto muito"


Eu me faço perguntas

Perguntas do porquê

Perguntas de para onde

Perguntas de quando?


Mas quero saber 

Saber porque não te vi

Saber porque não me importei

Saber cadê você?



segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

2021 uma caixinha de surpresas




Todo inicio de ano fazemos tudo igual e neste foi um igual diferente. Se antes nos reuníamos mais com os amigos neste ficamos reunidos mais com a família. Se na praia tinha queima de fogos neste os fogos foram de quem optou por comprar individualmente e mesmo assim o cenário foi lindo. Pular as três ondinhas ficou para depois. Os abraços que antes eram muitos, dados a quem tivesse por perto, tivemos que nos contentar com quem estava ao nosso lado, com likes, com mensagens, o virtual é o mais seguro.

Sair de férias neste início do ano complicou pois não se pode ir a qualquer lugar. Muita gente na beira-mar gera aflição, temos medo do invisível. Shopping em momentos de menor fluxo é mais seguro, porem tão imprevisível quanto uma multidão. Pontos turísticos, nem pensar.



Trabalhar com atendimento direto ao publico, outro fator de preocupação. Metas desencadeiam o stress e pode agravar a doença que paira no ar.




Caminhar, correr ou fazer qualquer esporte é possível, só devemos ter cuidado em desinfetar os aparelhos, usar a mascara se tiver gente por perto.

Visitar amigos, melhor esperar mais para isso.







Sim, 2020 deixou boas lembranças e dores para alguns. 2021, ainda uma caixinha de surpresas.

Mesmo assim, que 2021 encontre a renovação, a reflexão, o amor, a compaixão, a caridade.

Feliz 2021!!!



 

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Momentos felizes

 A vida é assim, tem hora que estamos felizes, tem hora que estamos tristes. Um ciclo normal da vida.

Mas todos os dias busco um motivo para ser feliz. Para agradecer o que me foi dado até aqui e o que me será dado no futuro.

Gosto de caminhar, e pensar. De correr e ouvir música. Gosto de olhar a natureza com toda a sua beleza.

Gosto de pensar nos filhos, netos, irmãos, irmãs, mãe, enfim em todas as pessoas que eu chamo de família. Ai, que gostoso dizer Minha família. Sermos parte de um todo. Brigar e depois abraçar e dizer "Eu te amo", "Me desculpa".

As risadas mais gostosas que damos com quem amamos são impagáveis.

Correr e brincar com os netos, nos deixa sermos crianças novamente. Gente! Que saudades, louca. Do sorriso mais sapeca, do olhar mais vivaz, da inteligência sábia que cada criança tem.

domingo, 25 de outubro de 2020

Todo dia.


 
Todo dia, acordo, trabalho, durmo
Acordo cedo, abro o olho, vejo o mundo
Levando rápido, depressa me visto, saio e corro
Todo dia, me desafio em ponto de fio
Um metro a mais, um minuto a mais, um sopro de frio
O rosto a suar, coração a pulsar, olhos no cio.
 
Agora, trabalhar, metas a batalhar
O dia passa a correr, nem lembra meu ritmo.
Quando vejo, sem cansaço ou suor o dia já terminou.
 
Agora, me viro pra ti.
Te vejo sentado ao sofá, teclado ao colo e mouse na mão.
Um mundo a desbravar de coisas significantes ou em contramão
Te cruzo o olhar a sorrir
Te vejo feliz murmurar:
Agora, vamos dormir.

domingo, 18 de outubro de 2020

Olhos nos olhos

 



Olho em teus olhos, vejo um mundo bem antigo

Teu semblante rejuvenescido,

Teu sorriso mais bonito, da tua boca carnuda, de um sorriso envaidecido.

Tão distante e tão próximo, passado e futuro.

Vejo meu mundo já passado com você aqui presente.

Olhos nos olhos, tanto amor, tanto carinho.

Desço no olhar te vejo jovem, subo no olhar te vejo velho.

Para mim, nada mudou, apenas se transformou de um jovem bem bonito para um amor já bem maduro.



domingo, 29 de dezembro de 2019

Se der branco...


Estava eu, como professora, em sala de aula cujo tema era Abertura de Empresas. Tudo ia muito bem até que em certo momento uma aluna questionou sobre como se constituía, etc...

Gente! Não era a primeira vez que dei aula sobre o assunto, porem foi como se eu estivesse ouvindo pela primeira vez tal palavra. Lembro que aleguei não ter certeza e fiz afirmações contrárias a forma de constituição. Deu branco. 

A aula rolou normalmente e durante o intervalo um aluno se aproximou e me disse: - Professora a senhora se equivocou...isso mesmo, ele não disse "a senhora errou" ou "que eu não sabia". Muito atenta ouvi suas explicações e de repente senti uma vergonha tremenda pela boubagem que eu havia dito anteriormente, tudo voltou em minha mente. E agora, o que fazer?

Tomei meu cafezinho, que eu adoro, conversei com alguns alunos e voltamos para a sala.

A primeira atitude minha, ao iniciar a aula, foi chamar o aluno e pedir que ele falasse sobre o que havíamos conversado, ele muito prontamente veio a frente e falou sobre a Lei das Cooperativas e deu uma aula sobre o assunto. 

Apos sua fala, olhei para meus alunos e pedi desculpas por não ter tido a humildade de apenas dizer "eu não me lembro, deu branco, eu não sei". Aproveitei este episódio para dizer que nunca devemos nos calar quando tivermos certeza de algo, mesmo que quem esteja afirmando seja seu professor!

Depois disto, decidi que estava na hora de repensar sobre dar aulas. Por mais que eu ame ensinar, tenho de reconhecer que minha memoria, as vezes, me faz passar alguns vexames como este. 

Leio muito porem o estresse já me fez esquecer palavras durante palestras, esquecer leituras que precisavam ser citadas, esquecer conhecimentos como o citado acima. E quem vai crer em alguém com tais problemas?

Apesar do episódio, do repensar, tenho um lema comigo que é: Desistir Nunca!

Ao subir num palco, ou ao entrar em sala de aula pode ter certeza que a primeira conversa é: Me desculpem, tenho problemas de memoria e posso esquecer algo e vocês, por favor, me ajudem.

Afinal, eu amo ensinar o que aprendi e ensinando continuo aprendendo. Parar? Jamais!

Se Der Branco, me ajudem!!!