quarta-feira, 29 de maio de 2024

O choro e o caminho


Acho que o céu está chorando já, sentindo saudades de nós! Assim como o andarilho ao sair pelo mundo a relembrar seus bons momentos.

Já andamos muito até aqui e perdi o caminho de volta. Não quero encontrar! Quero apenas seguir em frente sem olhar para trás. Amantes seguem seu amor como mudos e olhar atentos.

Somente o amor poderá dar a força necessária pra ir em frente, como o olhar cuidadoso de quem procura alentos. Então, teu olhar, por vezes desconcertado, ao perceber que estou a te fitar, é um guia e não há palavras pra te dizer o que sinto. Assim, meu olhar, no teu olhar, procura o amor encontrar.


Esse amor é vida, é o ar que preciso pra continuar a viver e reaprender aos pouquinhos o que significa amar. É preciso tempo. Entretanto, o tempo é cruel e faz a gente esperar; esperar um encontro, talvez aquele beijo molhado e doce que só você sabe dar. E te quero perto, para poder bem forte te apertar. Pode o tempo ao amor se curvar?

Como lágrimas a cair, segue o céu. E nós, amantes, aos beijos, seguimos a sonhar.




Autores: Darlene e WCA

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Quem dera eu pudesse voar


Quem dera eu pudesse voar sempre que você me chamasse, para juntos ficarmos, flutuando nas asas da imaginação, sentindo todo o aroma do cheiro de paixão e bater asas além da explosão.

Voar para perto e mesmo além-mar, só para teu beijo roubar. Sentir o sabor de tua língua macia, da tua boca ardente. Como os amantes a se beijar. Quanta emoção!

Ao calor do vento, sinto seu rosto quente num beijo à beira-mar. Com ondas a nos derrubar, cabelos ao ar, como se sozinhos estivéssemos. Já não importa se abrigar, a não ser se agarrar e amar.


Quem dera eu pudesse saltar da imaginação para onde você está, só para ao seu lado ficar. Que no fechar de olhos a mágica acontecesse e juntos estivéssemos. Ah, se eu pudesse voar!

Quero flutuar no vento frio, em direção ao amor que hoje é amigo; amanhã, quem sabe? Eu só queria voar.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Quando eu chegar!


Quando eu chegar, vou estar com saudade de você, do teu calor, do teu beijo, do cheiro dos teus cabelos molhados e ficar arrepiado só do teu toque sentir.

Quero olhar nos teus olhos, bem lá, no fundo do teu olhar e num instante encontrar teu sentimento mais sincero, que seja amor, eu espero, pois vou levar meu amor para com o teu encontrar!

Quero um abraço longo e apertado,

daqueles de corpos colados e com um longo beijo molhado o reencontro selar!

Então vou te pedir, me leva para casa ou para um canto qualquer pois quero sentir a mulher que os meus sonhos habitou, que as minhas noites escuras, com sua imagem iluminou!


Que assim nosso reencontro seja, recheado de emoção, coração a coração, numa explosão de desejos, milhares de beijos, sussurros que só nós dois ouviremos como uma oração já sabida, 

Amo você, minha Vida!

Autor: WCA

Te encontrar


Queria te encontrar agora, mas por ora isso não é possível. Como um véu sobre o rosto, só te vejo, uma sombra a murmurar que nada é impossível. Como se o ali fosse logo aqui.

Que fazer se meu peito arfa num descompasso, onde a razão não se entende com o coração? Tal qual o desejo de uma menina em seu primeiro amor.

Já não há espaço para dizer que muito te desejo, pois de todas as formas já escrevi e me expressei.

Agora, eu sei que em breve vamos nos ver. Quanta emoção, não cabe em meu coração, que pulsa loucamente ao pensar em te sentir novamente. Vou te alcançar como o rio que deságua no mar.


Quando você chegar


Quando você chegar, vou te abraçar, te beijar sem parar. Nem quero saber se outros vão olhar.

Quando te abraçar, vou me embarcar num sonho realizado, igual a uma criança a nanar.

Quando eu te beijar, vou minha língua enroscar na tua, fazendo você calar. Vou sentir o hálito da saudade, a força do pensamento e o do meu coração a pulsar.

Muitos haverão de nos olhar, só não vou querer parar para quem causei desejo, pois o meu estou a concretizar.



A chegada


Hoje estou feliz, finalmente vou contigo estar.

Já não vejo a hora de o relógio marcar para poder te encontrar de braços abertos a dizer: - Vim, meu amor, vou ficar mais um pouquinho.

Para mim, uma bênção, pois com você vou me embalar tal qual uma criança na rede a balançar num aconchegante cantinho.

Agora, tudo que interessa é o passar dos nossos dias juntinhos. Nada vai nos afastar.

Saudades de outrora não vão mais existir, pois por ora vamos nos curtir e namorar.

Vem, meu amor, vem matar esta saudade. Me mostra todo o seu amor e calor.

Vem matar a minha sede de te amar.


domingo, 19 de maio de 2024

A viagem


Nossa vida é como uma viagem. Em cada curva da estrada, encontramos uma nova visão, e assim avançamos na direção do nosso futuro, construindo novas trilhas e estradas, como pássaros migrando para novos destinos.

Algumas coisas devemos levar na bagagem; outras, é melhor deixar para trás, pois são fardos pesados que carregamos por muito tempo e que já não contribuem mais para nossas vidas. Leve apenas a beleza da natureza gravada em seus olhos.

Em cada novo trecho da viagem, novas experiências nos esperam, prontas para enriquecer nossa existência. São mudanças inesperadas, novos empregos, novas amizades, um amor repentino.

Então, escolha bem o que vai levar para sua jornada e aproveite cada trecho ao máximo.

Boa viagem, Vida!

Autores: Darlene e WCA

Teus braços


Quando te vi de braços abertos dizendo "vem me abraçar", demorou um pouquinho para eu entender seu gesto inesperado e acolhedor! Esse teu jeito de me dizer que me quer em seus braços, com o coração disparado esperando se encontrar com o meu para pulsarem no mesmo ritmo, o ritmo da paixão.

De repente, vi como a tua segurança me aperta, como o abraço me acomoda, como sinto teu corpo junto ao meu. Nos teus braços me sinto em paz. Nele quero navegar nas ondas do teu coração.

Assim, vou lembrar desses momentos sempre que eu estiver triste ou com dúvidas. E ainda que as coisas da vida insistam em dificultar nossos caminhos, lembrarei desse gesto e sentirei para sempre seu abraço acolhedor, caloroso e espontâneo. Esse é você! Sempre de braços abertos a me dizer: "Te amo!"


Precisa de adrenalina. E como é linda essa menina! Caminha quase que correndo. Mas vejo lágrimas no olhar. Por que será?

A cada passo um pensamento, uma lágrima. Deve sentir muita dor. Mas quanto calor! Corre mais rápido,  sem parar, e o pensamento a trabalhar. Tem suor, lágrimas e dor.

Olha para frente, nunca para trás  Mas foi atrás da sua dor. Quanto mais anda mais pensa. Tem de haver solução. 

Não há pão sem labor, não há dor sem solução e assim segue adiante. Parar nem pensar. Tudo que quer é alcançar o esquecer de um mal viver.

E na adrenalina  que a vida segue, horas com pressa, horas sem dor. Cada um segue seus passos pois são  eles que vão te trazer acalento para a sua dor.

As gerações


O que vem à sua cabeça quando pensa em "Gerações"? Será nos seus antepassados, pais, famílias? Ou no passado da humanidade e no que as gerações futuras farão pelo mundo e suas consequências?

Será que se vê neste contexto, onde deixou de existir e agora é passado, enquanto os seus seguiram em frente, criando novas famílias?

Será que pensa na história, na sua evolução e em todas as gerações de acontecimentos até aqui?

Para mim, geração lembra minha família, com lembranças dos meus avós e todas as gerações que vieram depois. Em um ângulo mais próximo, minha família começa a partir do meu casamento, passando pelos netos e seus filhos que virão.

É neste ponto que surgem encontros e desencontros quando olho para meus filhos, crescidos com saúde física, mas não emocional, pois o mundo está doente. São tantas as pressões na busca do "Ter" que o "Ser" fica de lado por algum tempo, até o momento em que se pergunta: Por quê? Para quê?

São questões em busca de reafirmação: acertei ou errei? Fui além? A verdade é que, por mais que tentemos, sempre haverá erros, se é que são erros. Mas não se preocupe, segundo a psicologia, as mães sempre errarão com os filhos, mesmo que estejam fazendo o melhor por eles.

Pensando sob a ótica das gerações dos jovens, há uma busca pelo outro enquanto ser humano. Não se faz tanta distinção sobre a origem do nascimento, mas sobre como desejam se relacionar consigo mesmos e com os outros. Hoje, busca-se tanto a igualdade de gêneros, o respeito às adversidades e a identidade de gênero, que já nem sabemos sob qual gênero eles nasceram. Com este fato tão pitoresco, estamos vendo uma mudança radical nas futuras gerações familiares.

Assim, poderíamos continuar a falar de gerações sem fim, visto o quanto é amplo este termo. Mas o que se deseja das gerações é que o respeito reine, o amor cresça e a compaixão façam parte de todas elas.

Minha culpa


Me pergunto por que você me escreve todos os dias e eu não. Talvez você se sinta em paz, sem maiores dilemas, pela certeza de que fez o seu melhor.

Eu, na minha história de vida, me deixei levar e só hoje me questiono sobre o que fiz. Culpa é um sentimento ruim, mas verdadeiro, e não há outra forma de perdoar que não seja pela autoaceitação. Neste vasto campo, há interações com pessoas amadas por demais, que não soube conduzir, criando fantasmas a serem desnudos.

Refletir sobre tudo e fazer uso da introspecção ajuda no perdão a si mesma. Perdoar-se mexe com sentimentos impossíveis de o outro compreender, pois a dor é profunda demais para ser curada com algumas conversas. Anos de terapia são necessários para tal fim. Existem muitas ferramentas que auxiliam na terapia, e a escrita é apenas uma delas.

A escrita terapêutica é um verdadeiro aliado na busca de expor seus sentimentos para você mesma. Ajuda a pôr em ordem algo que está te impedindo de se autoconhecer. Por meio da escrita, ao contar sua história, é possível atingir pessoas com o mesmo sentimento, mas para outros, não fará sentido algum.

O choro é outra forma de dizer "socorro" ou de se aliviar de algo que os outros não são capazes de carregar. É um alento para a alma.

A terapia, já citada aqui, ajuda a se perceber neste universo de culpa. Poder falar para alguém que não te julga, mas que te faz refletir de forma concisa sobre seus sentimentos, nos permite abrir nossos leques de "por quês".

Sair com amigos, para rir, papear ou só ouvir lindas baboseiras, nos permite aliviar parte das dores. Há até quem se cure.

Na verdade, há várias maneiras de tentar superar suas "culpas", mas nenhuma delas servirá se você não se permitir. E para se permitir é preciso abrir a alma para o outro de forma que a transparência mostre todo o problema a ser desmascarado.

Mas para ti eu sempre vou escrever sobre o nosso louco amor, mesmo que não seja de forma constante. A escrita será por partes, mas o meu amor não, ele será sempre inteiro. Este louco amor e a contínua escrita terapêutica ajudam a superar minhas dores. E assim, sigo escrevendo e amando, encontrando forças para enfrentar cada novo dia.

Quero colo

Hoje me dei conta de que é melhor ser filha do que ser mãe, pois quero colo. A mãe tem que cuidar, trabalhar, ser esposa, psicóloga, administradora, dona de casa e amante. Seus momentos são sempre intensos. Não há espaço para si, nem para o autocuidado. Seus filhos são uma bênção de Deus e merecem toda a sua atenção. Tornam-se a razão do seu viver; não há mais nada a querer.

Quando os filhos são bebês, há uma troca de amores que só as mães sabem sentir. Quando são crianças, até seus 12 anos, as atenções são outras, mas eles ainda querem o afago da mãe. Na idade da pré-adolescência, conversam conosco como se quisessem entender o mundo. Daí vem a adolescência, o desabrochar para a fase adulta. São homens e mulheres lindos, tal qual rosas a florescer. Tanto quanto belos, são introspectivos, fechados num mundo onde o colo de mãe é proibido e sua heroína já precisa passar por um upgrade. Mãe é chata. Vem a idade adulta, e agora ela não é mais "mãe". Para eles, agora será a vez de procurar um novo amor, mas não o de "mãe".

É neste momento que a mãe se percebe desnecessária. Fica cheia de dúvidas, porém feliz que seu bebê cresceu e está cheio de responsabilidades. Que lindo! Linda ilusão! Mãe chora, como a chuva a cair em noite escura.  Mãe quer colo!

Chega o momento que toda filha deseja: ser mãe. É quando olha para o lado e quer sua mãe por perto. Medo da maternidade, de não saber cuidar. E chora de alegria, de dor e de medo. Afinal, como proteger este novo ser? E pensa: e mamãe?

Sua mãe, já vovó, se alegra novamente. Casa cheia de filhos e netos. Almoço em família, brigas, risos, a maior bênção. Gerações para a família continuar. Agora, a vó mãe está com seus pequenos e o ciclo se repete. De repente, netos crescidos... vó para quê?

Já não mais filhos e... nem netos, só a solidão da idade. Casa vazia. Quando muito, um "oi mãe". Nesta hora, se pergunta: - Quem sou eu agora?

Mãe quer colo!

quinta-feira, 16 de maio de 2024

O diálogo dos amantes


Você está ouvindo o canto dos pássaros lá fora?

Sim, estou olhando pela janela e a visão das serras, pássaros, nuvens de chuva é linda! E a doce música de seus cantos a me encantar.

Pedi para eles te acordarem para a vida.

Pois eles estão dizendo: acorda que ele já acordou! Se junta com ele que o dia começou e a sintonia dos pássaros seguirá vocês ao longo do dia.

Está sentindo o cheiro da relva?

Sim, um cheiro de mato molhado e o som da paz que junto ao canto dos pássaros nos mostra como a vida nos aguarda para sermos felizes.

Então, é a natureza te chamando para a vida!

É por isso que sempre te dou bom dia VIDA!

Também estou te chamando para ela. Minha VIDA!

Tenho tanto amor dentro de mim que preciso dividir para não explodir, acredita?

Sim, acredito. Divide comigo. Eu não vejo a hora de te ver novamente!

Hum, 24 horas sem uma palavra... algo me diz que o sonho acabou.

Claro que não! Sonhos são diários, e os nossos estão apenas começando.

Até mais, minha luz do Sol.

Bom dia, meu Sol, minha Vida! Que a cada passo seu, de hoje em diante, seja em minha direção. E ao nos encontrarmos, nossos passos sejam um só. Minha vida, meu destino.

Também estou confrontando meu destino e você está nele.

Assim são os diálogos dos enamorados, cheios de amor, com doces palavras. Palavras que vão além do que se fala, como o gesto de uma foto de uma flor ofertada, já que seu amor está longe. No alento dos desejos ardentes, assim dialogam os amantes.

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Vamos brincar de caminhar?


Passos largos, pressa eu tenho. É logo ali, sei que vou chegar. E não adianta me dizer que nunca vou alcançar aquilo que desejo.

A caminhada é longa, ainda tenho muito que andar. Mas minha determinação e coragem para o lugar certo haverão de me levar como o vento a suas velas soprar!

Caminho para pensar nas tristezas e alegrias, para fazer um balanço da vida e o caminho certo vou achar. Às vezes rápido, às vezes devagar, o que importa é que os passos sigam firmes, um após o outro, sem nunca titubear.

E quando olho para trás, que surpresa! Nunca estive sozinha, você seguiu cada passo, sem se importar para onde eles queriam me levar!


Me vejo ser incentivada para que meus passos não parem. Pois a cada passo te vejo e, se não te sinto, olho para buscar a sua mão já suada de tanto esforço a não parar, isso nunca não!

Se percebo que o cansaço é maior, então, tomo fôlego, juntam-se forças e desejos e vou em frente novamente.

Com tanta adrenalina exalada pelo cansaço, sinto teu olhar brilhante a me fitar. Minha velocidade é fruto de toda a sua admiração, aos seus olhos em mim cravar.

Caminho muitas vezes feito criança a buscar o colo da mãe, sigo em frente com confiança querendo para teus braços correr.

Contigo quero ser criança, adolescente e mulher, contigo quero brincar, correr e caminhar. Contigo quero sorrir, cantar e sonhar. Contigo quero ser eu mesma e o meu melhor te mostrar. Então te convido, vamos juntos brincar?

Autores: Darlene e WA


De meninas a mulheres lindas


Outro dia, eram duas lindas crianças. Hoje, duas lindas mulheres. Cada uma com suas qualidades, com personalidades tão próprias que me fazem lembrar como cada uma se formou.

Às vezes, influenciadas pelo meu jeito doido de ser, outras vezes, por longas conversas sobre o certo e o errado, sobre o porquê disto e daquilo, sobre casamento, sobre sexualidade. Ah, se eu soubesse amar mais do que trabalhar, talvez as terapias não fossem necessárias.

Mas toda mãe sempre tentará o seu melhor e, mesmo assim, vai falhar. Contudo, não consigo deixar de sentir orgulho das duas. Elas vieram de um lugar distante, batalham pelo melhor, sentem medo, mas não desistem, brigam pelo que querem.

São mulheres, mas ainda são crianças para mim, e isso nunca vai mudar. Uma é mais madura que a outra, a outra é mais jovem, e os conflitos são inevitáveis. O que espero das duas? O que vocês fizeram nesta foto. Tentaram fazer algo para ajudar, mesmo em desacordo.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Vem para mim


Vem para mim, com seu sorriso sedutor, com seu olhar de puro amor, me emprestando teu calor, tal qual o Sol a me cobrir!

Vem, caminha na minha direção, segura a minha mão, me mostra tua vida, teus caminhos, tua emoção! Tal qual uma mãe a ensinar os primeiros passos aos seus filhos.

Segue adiante, caminha para mim, não tira tua vida da minha. Sem ela, meus caminhos se modificam, me perco em pensamentos, corro de ti como o vento. Vem ser meu, mesmo que seja só por um momento!

Autores: Darlene e WA

segunda-feira, 6 de maio de 2024

O Abismo


Estou caminhando na crista da montanha com abismos dos dois lados. Difícil é saber qual dos lados evitar.

Mas há beleza no abismo, pois sempre há uma saída. Mesmo sem respostas, pode-se olhar para frente.

Quando pensei que ia cair, você segurou minha mão e pude passar pelo abismo. Sem pensar nos perigos, sem olhar para trás.

Agora o que me importa é qual caminho seguir.

Lembra que eu abri a porta para você? Pois não foi a única porta que eu abri! Abri a porta do mundo para que você passasse e tudo que você precisa lá encontrasse.

Quero que você veja que tem um mundo ao teu redor esperando você chegar e conta dele tomar.

Você é estrela e estrelas nascem para brilhar. Então, vá e mostre a tua luz para todos que um dia duvidaram do que é capaz.

Ande sempre em frente sem nunca minha mão soltar.

Então, Sol da minha vida, me ilumina, que eu quero passar.

Teu colo



Como é lindo te ver deitar na paz do colo dela. Seu olhar amoroso, com seu afago, te dá repouso.

Ela olha para seus traços como a imprimir em sua memória cada traço do seu dengo.

Como quem cuida de algo tão valoroso, vê seus olhos e os cobre da luz a insistir em o acordar.

Mas o Sol teima em sua face pousar. E ela busca na sombra o melhor lugar.

O colo dela o seduz a ficar ali deitado, sob seus cuidados, na paz do pensamento, com o vento a acariciar seu rosto.

Ele tão ciente de seus cuidados, tira sonecas embaladas ao vento, sol e mar. Nada mais a desejar.

Quem passa por lá tem a certeza de que o amor ali está, um deitado a se deliciar e o outro, o ser amado, a fitar."

O Cisne


No entardecer, vê-se um lago com sua encantadora beleza. Águas escuras pelo limo em suas pedras, mas límpidas a brilhar. Um brilho reluzente como um lençol a balançar que nos remete a um lindo tapete preto, igual às penas do Anu. Tão majestoso quanto um Cisne Preto a desfilar com toda a formosura de sua natureza.

Como pode tanta beleza? Com elegância, a nadar calmamente nessas águas cristalinas. Se não fosse pelo brilho esplendoroso de suas penas negras, haveria uma união entre água e pássaro. Mas com seu bico vermelho e pescoço longo, não há como confundir.

Ave monogâmica, que ao andar em pares ou com seus filhotes, muitas vezes desenha um coração com o formato de seus pescoços longos e arqueados, como um casal enamorado.



Quando pequenos são brancos e feios, por isso o apelido de patinho feio. Que de feio nada tem à medida que crescem. Me lembra a história do Patinho Feio que muito li para meus filhos. Até filme foi feito!

Seja filme ou estória, o Cisne nos hipnotiza com tanta beleza a bailar sobre as águas pretas do lago.


Não há nada além dos dois, o lago e o Cisne. Cada um com seu mistério e seu esplendor. Cabe aos passantes se deliciarem com tanto resplendor.

domingo, 5 de maio de 2024

Eu prometo


Eu te prometo viver com você os melhores momentos dos nossos encontros.

Te prometo ser tua amiga, namorada e moleca.

Te prometo olhar em teus olhos com amor e compreensão.

Te prometo olhar sempre na mesma direção.

Te prometo que, nem que seja por um dia, um mês ou para a vida toda, vou te amar.

Só não posso prometer que vou te esquecer!

Nosso estranho amor!


Quando a insegurança bater, lembra da primeira vez em que, num momento sem querer, minha perna encostou na tua. Não há razão melhor para lembrar da atração inesperada que se sentiu um pelo outro naquele momento.

Quando o medo surgir, lembra de como fugi com medo desse louco amor: no enredo das risadas, no trocar das sombrinhas pelos chuviscos a cair.

Quando sentir a dor do 'talvez', se recorda do poema "Eu Prometo". Nele há verdades sentidas e desejadas com o mesmo 'talvez' que nos ronda pelo futuro incerto.

Quando pensar 'Me socorre', primeiro segura minha mão, pois estaremos unidos pelo mesmo desejo.

Mas lembra: as inseguranças, os medos, os 'tal vezes' fazem parte deste lindo caminho a nos guiar. Porque ainda não temos as respostas que o tempo precisa. Mas temos algo real, o nosso estranho Amor.

Um anjo em minha vida




Há um anjo em minha vida. Os anjos são como nós, assim podemos vê-los.

Para uns são Santos, seres sem corpos, mas com vida própria, sempre ao seu lado, que os defendem.

Para os filhos são as mães que os embalam na hora da dor, que os protegem enquanto pequenos, da mais singela forma: com orações, com afago, com amor.

Para os amigos são os melhores companheiros que os atendem a qualquer hora que precisam. Seja por telefone, MSN ou correm para ficar ao seu lado assim que a dor aumenta.

Para os amantes são os seus amores, que com seus beijos e abraços, te mostram como viver sem medos, dores ou incertezas.

Mas os anjos precisam saber o quanto você precisa deles. Eles não adivinham, principalmente aqueles com corpo. Enquanto o outro precisa apenas que tenha fé.

Quem será o meu anjo? Quantas vezes me protegeu? Sim, ele existe e me protegeu sempre que assim o proclamei ou o procurei.

Sem anjos, é o mesmo que dizer: sem proteção, sem amigos, sem mãe.

Quando meus olhos fecham


Quando meus olhos se fecham, sinto-me transportado para o teu lado como se estivesse a sonhar. Sinto tua boca na minha, teu hálito, teu beijo me enfeitiçam, assim como um mágico a hipnotizar.

Ao fechar os meus olhos, sinto tua língua na minha, numa dança coreografada como a de um casal a bailar. Me fazendo sentir o calor do teu corpo como uma fogueira a queimar.

Ao cerrar meus olhos, imagino-te meu homem e eu tua mulher, tal qual amantes a deitar. Percebo a beleza do amor em cada gesto, movimento e palavra dita, como o orador que fala para uma plateia encantada.

Ao me ver na escuridão dos meus olhos, já sei que é hora de dormir para um novo dia renascer e tudo de novo começar.

O Cata-vento e histórias da infância


Ao olhar esta foto, vi-me transportada à minha infância na casa dos meus avós. São doces lembranças de brincadeiras, corridas e banhos de cacimbão. Então, resolvi enviar uma mensagem para o grupo da família para descobrir quem tinha memórias do Cata-vento e das brincadeiras. Fiz um pequeno levantamento e aqui vamos nós desvendar as melhores brincadeiras. Continuem imaginando.

Meu avô tinha uma casa grande, pois teve 14 filhos e todos tiveram pelo menos 3 filhos, então, já podem imaginar a farra que era o encontro dos primos e o terror que o vovô passava com essa menina correndo em seu terreiro de plantação de verduras. O sustento da família vinha dessa plantação. Havia canos grossos que faziam a irrigação do plantio. A água era proveniente de um grande cacimbão vertical acima da terra, com cerca de 5 metros de altura. Posso estar enganada, mas para a criançada que precisava de escada para subir nele, dava a impressão de ser muito alto. A água era puxada por um moinho de vento igual ao da foto.

O Cata-vento, segundo minha irmã do meio, fazia parte do super quintal mágico onde se plantava coentro e cebolinha. Tais cheiros me remetem à infância.

Meu primo Bruno conta que o vovô brigou com o pai dele quando o cata-vento quebrou, e para fazerem as pazes, seu pai resolveu colocar o nome dele em homenagem ao vovô.

Além destas memórias emocionais, há outras mais explicativas sobre como o Cata-vento funcionava. Como a do meu primo Ricardo (Preto, pois tinha o Branco) que lembra que o Cata-vento tinha uma escada de ferro para as crianças não alcançarem a sua caixa coletora, que ficava no alto próximo à roda, tinha um leme que direcionava a roda de acordo com a posição do vento. A caixa coletora se dividia em duas, quando faltava água na casa da vovó, alguém tinha que subir e fechar a caixa que iria para a horta. Tinha uma grande Caixa D'água que existe até hoje, era uma obra sem cimento, só a base de cal e barro. A irrigação da horta era feita à base de baldes.

Também, havia diversos tipos de brincadeiras que nos divertiam naquela época:

- Brincar de enterro de pedaço de pau, onde os meninos arranjavam uma caixa de papelão, colocavam um pedaço de pau dentro, cobriam com rosas que a vovó cultivava e saíam em cortejo rodeando a casa, cantando: "Ave, Ave, Ave Maria. Tem muito pedaço de pau enterrado naquele terreno!"

- Brincar de Guisado e bonecos, onde as meninas faziam guisado e os homens participavam só comendo. Os meninos usavam bucha de tomar banho e melão de São Caetano para usarem como brinquedo. Nas buchas de tomar banho usavam palito de coqueiro para as pernas e os chifres dos bois, e faziam o cercadinho de palitos e os melões de Caetano eram as galinhas, e os pedacinhos de pau eram as pessoas.




Outra lembrança engraçada é que, segundo as lembranças do meu primo, meu pai mexeu num ninho de calango e o casal de calango deu a correr atrás do papai. Este subiu em cima da mesa, grande da sala, e gritava chamando o vovô - seu Zè Bruno!...seu Zé Bruno!


A maioria dos primos lembra que o vovô tinha uma caminhoneta chamada Madalena, de cor azul, onde o tio João aprendeu mecânica com este carro, que ficava atrás da casa, embaixo de um abrigo feito como garagem. O tio aprendeu a saber o nome das dimensões da chave pelo cheiro, acredita? O vovô montava e desmontava o motor da caminhoneta e pedia: "me dá a chave número tal", o tio levava outra chave, daí o vovô ia lá e pegava e esfregava nas ventas dele a chave e dizia: "é esse aqui, filho de Nossa Senhora!"

Meu primo Francisco Odílio lembra bem que se escondiam embaixo dos canteiros com meus irmãos e o vovô ficava com raiva porque machucava as verduras. Outra vez brincavam de cortar o peixe e o ferro entrou no pé dele e acusou meu irmão de ser o culpado, fazendo o vovô mandá-los para casa.

Valéria, minha prima, lembra que atrás da casa da vovó tinha uns quartinhos onde a Tania, também minha prima, tinha muitas bonecas e dizia que eram as filhas dela, e a Valéria acreditava, pois era muito pequena e a Tania sempre a enganava neste sentido. Dos morros que tinha no quintal, onde brincava de enterrar os pés.

Maria, minha prima, lembra que ela e outros primos estavam no quintal perto do cacimbão, olhando os sapos cururus que caíam dentro do cacimba e cuspiam por brincadeira, só para ver as ondas da água que surgiam após cada cuspida. Depois disso, subiram no Cata-vento e viram o vovô correndo com o cinto na mão, e como ele era lento, deu tempo de descer e cada um correr para lados opostos e ele não conseguir pegar nenhum. Depois do susto, muitas risadas eram dadas.

Nós éramos umas pestes saudáveis, então, quando o vovô se distraía, a gente entrava no reservatório d'água para tomar banho. Não sei como nunca nenhum se afogou. Quando vovô via, era uma correria só. Lá vinha ele com o cinturão na mão, dizendo "vou pegar vocês". A vovó era quem nos defendia. Dizia: "Oh, José Bruno, deixa as crianças!"


E que crianças! Que adoravam brincar de equilibristas nos canos até que um quebrava e alguém se machucava, só assim a brincadeira acabava. Como havia muitas mulheres no terreiro, tinha uma casinha que era o galinheiro. A gente espantava as galinhas, ou elas saiam para comer milho e nós brincávamos de casinha de boneca, fazenda, comidinha, horas de brincadeira, horas de verdade, tudo dependia do momento. Até panelinha de barro a gente tinha. O chato era quando dava final da tarde e as donas do galinheiro chegavam e tudo terminava, às vezes até com choro... de "eu quero brincar mais!"



Muitas são as lembranças. Hoje os Cata-ventos estão quase em desuso da forma antiga de uso, tais como: direção dos ventos, moedor, puxador de água, e todas outras formas que a própria história nos conta. O nosso, que foi centro de muitas emoções, continua firme e forte no terreno, mas não mais irá fazer parte do nosso futuro. Ficará nesta doce lembrança do passado.

E você, meu leitor? Que lembranças tem da sua infância? Agora, feche os olhos e se deleite com as suas lindas lembranças.