domingo, 16 de fevereiro de 2025

Bateria



Quanta alegria no batuque da bateria,
Todos pararam para ouvir e dançar,
Até as crianças ficaram a bailar.

Mas não se engane, se não gosta,
Nem invente de olhar,
Pois logo vais amar a bateria
Que não para de tocar.

E a multidão, toda canta,
A vontade de sentir alegria,
Que nem reclama se o tempo avançar
E a madrugada raiar.

E nós, juntinhos, ficamos envaidecidos
De tanta harmonia,
No baile longe da monotonia.

Autora: Darlene Maciel

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

O Tempo


Quem inventou o tempo, que se conta em segundos, minutos, horas, dias, meses e anos? Fico me indagando, em puro espanto, como pode tanta imaginação! Em um momento, há um mundo a seus pés, e, de repente, há pouco tempo. Ah, o Tempo! Senhor de nossas horas. Antes jovem, hoje não mais. Ao olhar para o tempo passado, percebe-se que muito se viveu. E agora?

O que diria o jovem do passado a esta aqui, no presente? Será que ele ouviria e acreditaria que o tempo voa, que é precioso e não se pode perder tempo? Entenderia que a vida é curta? Que o belo pode ser feio aos olhos de quem vê o tempo passar?

Assim, ouço minhas dúvidas sobre o que faremos no tempo que nos resta. Somos um óvulo, um feto, uma criança, um adolescente, um adulto e, depois, um velho. Então, o tempo acaba. Agora sou uma idosa na hora em que me vejo no espelho, mas minha cabeça é adolescente neste tempo presente. Jamais serei ausente, pois, neste tempo, tudo acontece sem pressa.

Cada neto que nasce alegria me dá, pois com eles poderei brincar igual a uma criança. Assim, serão meus dias daqui em diante: sem pressa, sem dores, mas com amores presentes na minha vida prazerosa.


Autora: Darlene Maciel

Banho de praia


Vontade de ir à praia banhar,
Colocar uma saia rodada,
Pegar a bolsa de praia e no mar entrar.

Sentir o salgado da água,
Mergulhar nas ondas verdejantes,
Cheirar o aroma da maresia,
Em pura anestesia, o tempo a passar.

Como a mais bela mulher, digna de uma cena de cinema,
Saio da água, como uma estrela a brilhar,
A caminhar nas areias úmidas do mar.

Sentar à beira-mar,
Admirar toda a beleza do horizonte a se mostrar.
No silêncio profundo das ondas a se perder,
Levando doces lembranças da nossa história com o mar.

Recordar que um dia levou para longe, você, meu amor,
Mas que dissabor.
Das separações por longos dias, que só nos resta aceitar.
Dos oceanos a nos distanciar, uma outra história a lembrar.

E hoje, este mesmo mar te trouxe para me abraçar.
Agora, te vejo ao meu lado,
Tendo o mar como testemunha,
Que nunca mais “Além-mar”.

Autora: Darlene Maciel