domingo, 7 de agosto de 2022

Escrever o quê?

 


Escrever o que me vem na cabeça é como tirar leito de boi ou como içar peixe do gelo, mas preciso achar o elo que liga o pensamento as palavras.

Traduzir em letras cada ânsia de expressar um sentimento que não sei explicar.

Há uma vontade de caminhar na busca da história não contada.

Em escrever com passos curtos e longos cada desejo escondido, cada suspiro sem elo, cada ponto e vírgula não usada.

Nas linhas do papel uma reta com setas diversas mostrando os caminhos a seguir e por onde não caminhar.

Assim, olho o papel em branco. E mais uma vez vem a pergunta: o que vou escrever? O que preciso dizer?

Só sei que preciso me expressar. 

Aí começo a escrever, o que deveria ser muito é pouco. Então, vou a escrever buscando um tema que possa me fazer dizer tudo que preciso falar. O problema é sobre o quê?

Quem sabe sobre um amor já passado? Ou uma amizade findada? Ou mesmo sobre escrever!

Assim, finalizo esta escrita porque já me sinto feliz em escrever sobre o que escrever.





domingo, 10 de julho de 2022

Fitar o horizonte do mar

 


Nas ondas do meu passado vejo um mundo desejado indo de encontro com uma solidão sem mansidão.

As espumas da minha vida mostram que tudo explode com força e aos poucos deixam de fazer sentido.

Ondas quebram os meus sonhos com a força da maré, nela vejo o vai e vem dos meus desejos.

Mas, não há nada mais lindo do que a imensidão do mar. De cima pura paz, de baixo todo o mistério se desfaz.

Quantas vezes fiquei a te fitar, a admirar e amar.

Ai, fecho os olhos e sinto o ar a me beijar. Os cabelos a voar e o pensamento a velejar.

Um desejo de amar com toda a imensidão do mar.

Vento sobra no meu pescoço, me arrepia, me abraça. Deixa eu sentir o teu amor e nunca mais me afastar.

Se eu soubesse te amaria na verdade alucinante de uma amante enlouquecida da verdade escondida.

E o mar, a linha do horizonte, a brisa, a onda, tudo me levaria a sonhar e sonhar.

As ondas vem e vão, mas daqui eu não me embarco.



Saudades são três silabas

 Saudades são três silabas, mas que causa grandes emoções.

Saudades de um grande amor. Quem nunca chorou por amor?

Saudades de um filho; que mora longe; que já se foi, que te abandonou. Que mãe nunca chorou?

Saudades de um amigo; que na infância eram inseparáveis e o tempo afastou.

Saudades das brincadeira de criança, da grande roda, do esconde-esconde.

Saudades da saudade que não se sente!

Apesar de pequena, grandes sentimentos, lembranças boas e ruins, alegres e tristes.

Saudades quem nunca sentiu?

Não feche os olhos


Não feche os olhos, pois a dor virá aos teus.

Lembro de gente pequena tão linda; igual a uma boneca.

Corre daqui, corre de lá, muitos risos e brincadeiras

Não, não feche os olhos. Sua alegria nos enche de amor e paz.

Ainda há muito a questionar.

Não feche os olhos senão tudo será passado e o agora só lágrimas a rolar.

Todos em família Feliz Ano Novo

Estava eu a olhar o Facebook, Instagram

e me deu uma tristeza. Passei o ano longe da família. Hoje é difícil reunir todos, afinal, cada uma mora em um lugar ou País diferente. Olhando as fotos, os sorrisos. Cada um com semblantes diferentes mas felizes. 

Há quem diga que é uma falsa realidade. Claro que sei bem que em família nem tudo são flores. Entretanto os laços são fortes. Criações que veem da infância, amizades de colégios, faculdades e vão sendo incluídos como "família". 

A nora e o genro que entrou na família, aquele amigo que desde a infância está lá com você ou seu filho, e tantos outros agregados que queremos ter por perto.

E nós, o casal, sentados na frente da casa a ver os carros passarem, transeuntes a circularem em ritmo frenético. Risos altos. Cadê vocês? Seus risos, suas brincadeiras, a cervejinha, o Peru que todo ano é motivo de piada. Fecha as pernas, não deixa queimar, não pode ser pequeno, e risos por tudo isso.

No entanto, esta ano teve um novo participante "A Covid" e  "A Gripe. Enquanto uns estavam em seus lares com Covid, uma disse que ia nem que fosse a pé para não ficar isolada. Daí para um hospital foi um susto. Tensão até as nove horas, a incerteza do que aconteceria, de como chegar em pouco tempo de avião em plena virada do ano. 

Lagrimas teimavam em vir, depois a calma, está tudo em paz. Mas é os risos? Os abraços? As histórias? Não, nada. Devia eu estar triste? Afinal, nada de hospitalização, todos bem, porém isolados. Uns por doença, outros pela distância. Mas bem, então, sim tenho que agradecer, mesmo triste, é um sentimento que não mudou. Feliz por um lado, triste pelo outro. Saúde, Amor e Paz foi o que mais desejei neste ano que findou e que começa.

Feliz Ano Novo

Cadê voce?




Eu sinto medo 

Medo de olhar e não te ver

Medo de não dizer "Eu sinto muito"


Eu me faço perguntas

Perguntas do porquê

Perguntas de para onde

Perguntas de quando?


Mas quero saber 

Saber porque não te vi

Saber porque não me importei

Saber cadê você?